Os serviços ecossistêmicos fazem parte do cotidiano humano com disponibilidade acrescida de recursos tangíveis e imprescindíveis a sobrevivência. Como um grande exemplo disso pode destacar os recursos hídricos representados pelos mananciais como lagos, rios, riachos, córregos, aquíferos, oceanos e pântanos. A flora por meio das exuberantes matas, florestas, colinas, extratos fisionômicos arbóreos, arbustivos, savanas, mangues, campos limpos e dentre outros. Neste seguimento, tem-se ainda a fauna com seus peixes, pássaros, organismos e microrganismos, bactérias, vírus e demais seres fontes inesgotáveis de sobrevivência e consumo humano, desendentação de animais, produção de alimentos e oxigênio.
No entanto, desde tempos remotos com as descobertas do fogo, agricultura, pecuária e tecnologias de comunicação, cientificas e informacionais tais recursos foram sendo disseminados de maneira destrutiva e avassaladora pelo o homem mediante adoção de hábitos e atitudes irresponsáveis e anticidadãs. O processo acelerado e desordenado de ocupação humana e desmates para ampliação das fronteiras agrícolas e atividades agropastoris também contribuiu de forma significativa para indisponibilidade dos recursos e consequentemente para agravos e danos socioambientais como, por exemplo, aumento da temperatura originando derretimento das calotas polares e nível do mar, secas (mudanças climáticas), desertificação, carência de alimentos e escassez de água, processos de erosão, desaparecimento e\ ou extinção de espécies nativas e endêmicas da biodiversidade local, etc. Complementando-se ao exposto, seguindo meramente por esta linha de raciocínio e do processo histórico da evolução humana e marcos histórico-socioambientais tem-se como uma das bases predatória humana o desenvolvimento socioeconômico oriundo da Revolução Industrial ocasionada pela produção em larga escala de produtos manufaturados como equipamentos eletroeletrônicos, alimentos, automóveis, aeronaves, etc.
Os fatores modificadores de paisagem como o desmatamento, queimadas e atividades agropastoris são resultantes do predadorismo humano em prol do capitalismo exacerbado. A aquisição de certos conhecimentos e técnicas implementados a partir da década de 60 aos dias atuais proporcionaram movimentos focados na busca pela mudança de hábitos e valorização dos recursos naturais em virtude dos grandes índices de degradação do meio ambiente. O Clube de Roma grupo Italiano fundado em 1966 pelo industrial Aurélio Peccei com objetivo de discutir o desenvolvimento sustentável, meio ambiente, politica e economia internacional é um exemplo das discussões realizadas em prol do meio ambiente ecologicamente equilibrado conforme aponta a Constituição Brasileira de 1988 sendo chamada então de constituição verde por este motivo de trazer pela primeira vez em seu texto jurisprudencial o conceito de Meio Ambiente.