Migração de culturas – O Agronegócio é uma das atividades econômicas que mais sofre influência do clima, e devido a essa alta dependência, o zoneamento agrícola é estabelecido de acordo com o mesmo. Como as plantas necessitam de condições climáticas específicas para ter um bom desenvolvimento, como chuvas regulares e temperaturas adequadas, quaisquer alterações podem ser determinantes para o sucesso (ou fracasso) de uma safra.
Com as mudanças climáticas, a tendência é que o regime de precipitação e temperatura das regiões apresente mudanças ao longo dos anos e os eventos extremos aconteçam com mais frequência. Secas mais severas e duradouras, episódios de chuva com volumes excessivos, fortes ondas de calor e de frio batendo recordes de temperatura. Todos esses eventos podem causar prejuízos milionários aos produtores rurais, impactar negativamente toda a cadeia produtiva, e consequentemente, a economia mundial.
Diversos estudos na literatura apontam mudanças no zoneamento agrícola do país ao longo dos anos devido às alterações climáticas. Muitas regiões que antes eram aptas para o desenvolvimento de uma determinada cultura, futuramente podem apresentar um clima muito restrito, obrigando os agricultores a optar por variedades que sejam mais resistentes e que se adaptem melhor às novas condições, ou então, produzir com custos mais elevados. Segundo projeções futuras, áreas cultiváveis de culturas como café, soja, milho, cacau e cana-de-açúcar, podem diminuir em determinadas regiões do país.
No entanto, é importante ressaltar que esse cenário ainda pode ser revertido, e que todos nós podemos ser os protagonistas dessa mudança. Gradativamente, o agronegócio vem se tornando um aliado na mitigação das mudanças climáticas através de práticas sustentáveis que visam o aumento de produtividade sem degradação ambiental, como:
- Investimento em agricultura de precisão para evitar desperdícios;
- Utilização de sistemas integrados de manejos que evitem a liberação do carbono armazenado no solo;
- Instalação de placas solares nas fazendas para geração de energia limpa.
Todas essas ações, entre muitas outras, colaboram com uma agricultura mais resiliente e produtiva. O Agro que alimenta o mundo não pode parar, mas ele deve continuar de maneira sustentável.
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