Relatório GRI – “Batendo sempre na mesma tecla”, novamente dizemos que sustentabilidade não é uma chave que possa ser acionada e, então, da noite para o dia, as organizações se tornarão sustentáveis. Não.
É bom sempre enfatizar as características evolutivas e escaláveis que ações de sustentabilidade devem assumir dentro das empresas. Tentativas de “sustentabilizar-se” de forma repentina, estão fadadas ao fracasso.
Por sua vez, projetos mirabolantes e sem planejamento também não encontram efetivo respaldo para sua implementação. Um passo por vez, buscando-se agir da melhor forma e com a máxima efetividade possível.
Relatório GRI – Navegar, ops, relatar é preciso…
Em meio a tudo isso, considerando-se o processo evolutivo na adoção de práticas sustentáveis dentro das organizações, a comunicação exerce um papel fundamental. Também chamados de “relatos”, os relatórios de sustentabilidade são iniciativas e documentos essenciais para informar a sociedade e stakeholders (partes interessadas) sobre a performance empresarial em relação ao tema.
Como sabemos, cultura, economia, mercado e sociedade influenciam diretamente na forma de atuação de organizações, o que reflete também na forma de relatar práticas de sustentabilidade, gerando-se, assim, uma infinidade de tipos de relatos em todo o mundo.
Surgiu, então, a oportunidade/necessidade de se estabelecer um método padronizado para estes tipos de relatos, visando universalizar e tornar acessíveis suas informações.
Global Reporting Initiative
Entrou em cena a Global Reporting Initiative (GRI), uma organização internacional que tem como objetivo ajudar empresas, governos e instituições a comunicar e divulgar o impacto de suas ações e negócios no setor sustentável de modo geral.
Desta forma, ficou estabelecido o padrão GRI como uma referência internacional na produção de relatórios de sustentabilidade, permitindo que os mais diversos tipos de organizações pudessem, de forma segura e padronizada, produzir relatórios úteis, de qualidade, comparáveis e tecnicamente compreensíveis em todo o mundo.
Segundo o próprio site da organização, disponível em www.globalreporting.org, “As Normas GRI representam as melhores práticas globais para o relato público de diferentes impactos econômicos, ambientais e sociais. O relato de sustentabilidade (…) fornece informações sobre as contribuições positivas ou negativas de uma organização para o desenvolvimento sustentável”.
Estas diretrizes de relato são divididas em três tipos:
• Normas gerais: São aplicáveis a todas as organizações, independente de suas características.
• Normas setoriais: Aplicáveis a setores específicos da economia e do mercado.
• Normas temáticas: Trazem conteúdos considerados relevantes para temas de interesse.
Embora existam diversos outros modelos de elaboração de relatórios de sustentabilidade no mercado, o padrão GRI tornou-se, sem dúvidas, o mais utilizado mundialmente por empresas, organizações, órgãos públicos e demais entidades.
Duas pesquisas merecem destaque neste momento. Uma da KPMG, mostrou que 72% das empresas que elaboram relatórios de sustentabilidade no Brasil, adotam o modelo GRI em seus relatos. Ainda, segundo a própria Global Reporting Initiative, 4 em cada 5 empresas globais também fazem uso do padrão GRI.
Diversos são os benefícios do modelo às organizações. Segue uma lista de exemplos:
• Melhoria no desempenho de sustentabilidade do seu negócio.
• Melhoria na gestão de riscos e comunicações com os investidores.
• Proximidade, envolvimento e engajamento de stakeholders.
• Construção de credibilidade como uma empresa ética e transparente.
• Fortalecimento dos sistemas internos de gerenciamento de dados e relatórios.
• Melhoraria na estratégia de sustentabilidade.
• Analise e comparabilidade da evolução tanto das próprias práticas de sustentabilidade quanto dos concorrentes.
Vale lembrar que, quando a elaboração de um relatório utilizar o padrão GRI como inspiração ou “background”, mas não adotá-lo completamente ou “segui-lo à risca”, este não será considerado um Relatório GRI.
Antes da produção do relato em si, faz-se necessária uma análise consistente sobre os “pontos” e diretrizes relacionadas à atividade, empreendimento ou organização, identificando-os para que, então, os dados e informações possam ser devidamente relatados segundo as práticas indicadas.
Acesso direto e exemplos…
O acesso a todas as diretrizes GRI é gratuito e irrestrito e pode ser feito através deste link.
Seguem dois exemplos de Relatórios GRI disponíveis para análise. Vale lembrar que estes documentos são públicos e podem ser acessados por todos. O primeiro (acesse aqui) foi produzido pelo SEBRAE. Já o segundo (acesse aqui), pela UNIPAR.
E então, entendido o que são os relatórios e o padrão GRI?
Muito obrigado e logo mais publicaremos um novo tema por aqui, sempre de forma descomplicada!
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