Notícias rápidas | O Banco Central do Brasil – BC já faz exigências de responsabilidade social, mas hoje trata o risco socioambiental como um só e não cobra responsabilidade sobre questões climáticas. Por isso abriu uma consulta pública para aprimorar as regras.
A expectativa é de que fiquem claras as diretrizes a serem seguidas para que uma instituição não financie a destruição do meio ambiente e muito menos crimes como trabalho escravo e infantil. Algumas entidades defendem que BC adote a prática de divulgação de relatórios com operações negadas pelas instituições por riscos sociais e ambientais.
O BC sempre se mostrou preocupado com o ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança). Mesmo antes de o termo se popularizar, suas resoluções já enfatizavam que os bancos tinham de estar atentos às partes envolvidas em suas operações. Como exemplo óbvio, eles não poderiam conceder crédito a uma empresa acusada de utilizar trabalho escravo.
Faz sentido que os bancos se atentem a fatores ambientais e climáticos, pois isso torna suas operações — e o sistema financeiro como um todo — mais seguras. Em uma economia de baixo carbono, fornecer crédito a uma usina de carvão, afinal, pode implicar em riscos maiores que fornecê-lo a uma usina solar. A dificuldade, porém, está na formulação do contrato e no acompanhamento de métricas, que, quando descumpridas, acarretam na antecipação do seu vencimento.