Energia renovável - Energia solar fotovoltaica - Instituto Brasileiro de Sustentabilidade - INBS

Campanha incentiva jovens brasileiras para trabalhar com energias renováveis

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Atuar no setor solar é o sonho de muitos jovens brasileiros que buscam uma profissão lucrativa e de apelo sustentável, mas um trabalho ainda pouco imaginado entre as atuais e futuras mulheres do país.

Visto como um ambiente predominantemente masculino, especialmente nas áreas técnicas, o setor tem pouco apelo para as profissionais ou estudantes na procura de uma profissão.

Na geração distribuída, o último estudo estratégico da Greener, referente ao segundo semestre de 2020, mostrou que a participação feminina nas empresas integradoras ficou apenas entre 16% e 21%, de acordo com o porte.

Além disso, mais da metade dessas trabalhadoras ocupam cargos administrativos, enquanto apenas 15% delas atuam em áreas técnicas, como projeto e instalação dos sistemas.

Para mudar essa desigualdade de gênero vista por todo o setor energético, a Rede de Mulheres na Energia Solar (Rede MESol) produziu um vídeo no qual visa conectar, apoiar e inspirar mais brasileiras a participarem ativamente nesse processo de diversificação e transição energética.

A campanha, criada junto ao Ministério de Minas e Energia (MME) e o Ministério da Educação (MEC), e com o apoio da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, ganhou divulgação internacional pela revista americana “Nature”, no início de maio.

O vídeo entrevista estudantes do ensino médio sobre seus planos de carreira e sua familiaridade com profissões em fontes de energia renováveis, para depois mostrar casos reais de jovens que estudam e mulheres que trabalham com a energia solar fotovoltaica no Brasil.

“A ideia é mostrar para meninas mais novas como o setor tem mulheres, como que é possível as mulheres entrarem, é um setor que a gente pode ser valorizada ali dentro, e tentar incentivar elas a se verem naquele local, elas se enxergarem”, afirma Aline Kirsten, engenheira eletricista e pesquisadora do Laboratório Fotovoltaica da Universidade Federal de Santa Catarina.

Além de contribuir para igualdade de gênero, a campanha também ajuda a atrair mais trabalhadores para um setor em forte expansão no Brasil e com carência de novos profissionais.

Segundo os dados da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), a tecnologia já criou mais de 264 mil vagas de emprego desde 2012, espalhadas por todo o elo produtivo.

Em 2020, nem mesmo a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus segurou o mercado de energia solar distribuída, que registrou novo crescimento e empregou mais 200 trabalhadores por dia no país.

Para quem já atua ou busca trabalhar com energia solar, o setor guarda boas perspectivas para o futuro, sendo 1 com novos 14mil postos de trabalho estimados pela ABSOLAR.

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