Como fazer um relatório de sustentabilidade | Os relatórios de sustentabilidade são divulgações essenciais para empresas em geral. Por meio destes documentos a organização apresenta os riscos, oportunidades e práticas de sustentabilidade ligadas a sua atuação a seus stakeholders, ou seja, partes interessadas nestas informações, tanto aquelas que sejam diretamente afetadas pela empresa, quanto aquelas que a afetam diretamente.
Como cada empresa possuí características próprias, como nicho de atuação, segmento econômico, porte, faturamento, legislação aplicável, recursos, processos, cultura, etc, se cada uma divulgasse da forma que entendesse viável, teríamos um mar de relatórios pouco compreensíveis e basicamente com baixíssimo valor para a tomada de decisão.
Surgiram, então, os padrões de relatórios de sustentabilidade, justamente visando dar forma às divulgações, tendo como foco a relevância das informações, também chamada de materialidade. Isso resultou em um processo evolutivo com diversos padrões sendo estabelecidos e em uso no planeta, como TCFD, SASB, RI, IFRS, GRI, ESRS, dentre outros, cada qual com suas características e destinações próprias.
Portanto, a elaboração de relatórios de sustentabilidade passa pela escolha do padrão que melhor se ajusta aos objetivos da divulgação e também às características da empresa em si. Isso deve ser realizado mediante uma análise situacional levando-se em consideração, sempre, a influência dos stakeholders nesta escolha (uma vez que são os destinatários por natureza dos relatórios).
As empresas não são, ou estão, obrigadas a elaborar seus relatórios apenas com base em um único padrão. Existem padrões integráveis entre si, como é o exemplo do Global Reporting Initiative (GRI) e também do Sustainability Accounting Standards Board (SASB), os quais podem ser utilizados para se elaborar um relatório com informações integradas.
O próprio padrão GRI possibilita duas forma de elaboração de relatórios com base em suas diretrizes, sendo uma completa e outra flexível. Assim, pode-se elaborar um relatório “em conformidade com os padrões GRI” ou “com base nos padrões GRI”, respectivamente.
A partir daí, o processo de relato dependerá do padrão adotado. Porém, as fases de definição dos temas relevantes, da análise de riscos e oportunidades, levantamento de dados e outras informações, etc, são fundamentais a todos os padrões, tanto os mais específicos, quanto outros mais “abertos”.
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