Apesar da queda nas vendas durante os primeiros meses da pandemia, o mercado solar brasileiro apresenta forte retomada em 2020 e acaba de superar o total de conexões de 2019.
Segundo os dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que controla o segmento de Geração Distribuída (GD), o país já registra mais de 136.000 novas conexões neste ano frente aos 121.015 do ano passado.
A liderança do segmento continua com os projetos de painel solar instalado em residências, que respondem por mais de 72% dos novos sistemas conectados no período.
Com o novo aumento da conta de luz gerado pela pandemia e previsto para os próximos cinco anos, mais desses consumidores agora buscam a tecnologia fotovoltaica para proteger o seu imóvel e reduzir o seu gasto com energia elétrica.
A expansão do mercado fotovoltaico também ajuda na chamada retomada verde, promovendo uma fonte de geração elétrica 100% limpa ao mesmo tempo em que atrai investimentos e gera empregos no país.
No total, o Brasil já possui mais de 315 mil telhados solares que somam uma potência instalada aproximada de 3,83 GW.
O rápido crescimento das instalações de kit de energia solar é reflexo da queda do custo da tecnologia e a oferta de boas linhas de financiamento.
Segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR,), isso representa mais de R$ 18,2 bilhões em investimentos acumulados e mais de 108 mil empregos criados desde 2012, ano de criação do segmento GD.
“Agora, passada a fase mais aguda da atual pandemia, a energia solar fotovoltaica irá novamente alavancar a recuperação do Brasil. A solar será parte da solução, tanto para a nossa sociedade, quanto para o meio ambiente”, afirmou o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.
Com um cenário favorável no Brasil, estima-se que a tecnologia mantenha a curva de crescimento em 2020 e seja um dos pilares da retomada econômica do país, assim como aconteceu nas crises econômicas de 2015 e 2016.
Em seu último Plano Decenal de Energia, a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), estima um total de até 3 milhões de consumidores com geração própria e 24,5 Gigawatts de potência solar distribuída no Brasil até 2030.