O lixo nosso de cada dia - Instituto Brasileiro de Sustentabilidade - INBS

O lixo nosso de cada dia…

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Esta é mais uma reflexão acerca da Responsabilidade Ambiental que deve ser praticada pelas organizações: o que fazer com o lixo produzido pela atividade empresarial? Para responder essa pergunta, tem-se que conhecer os tipos possíveis de descarte de lixo que podem e devem ser utilizados pelas empresas. No Brasil, há quatro tipos a serem praticados, sendo essencial compreender em que consiste as peculiaridades de cada um, evitando que os materiais poluentes acabem no local errado, como por exemplo em lixões, os quais já deveriam estar extintos. Então, sucintamente, vamos conhecê-los.

Aterro sanitário

Para o aterro sanitário, é que se destina a maior parte do lixo orgânico, o qual não pode ser reciclado e não tem mais nenhuma utilidade. O ideal é que este local receba apenas o que é realmente orgânico, como restos de alimentos, daí as empresas atuantes no setor alimentício serem as que mais usam esse tipo de descarte.

A disposição de resíduos sólidos orgânicos nesses lugares exige cuidados adicionais na concepção do projeto, assim como na manutenção e na operação. No processo de decomposição dos resíduos sólidos, ocorre a liberação de gases e líquidos (o denominado chorume ou percolado), os quais são muito poluentes. Isso termina por demandar um projeto com cuidados como impermeabilização do solo, implantação de sistemas de drenagem eficazes, entre outros, evitando uma possível contaminação da água, do solo e do ar.

http://cgcconcessoes.com.br/o-que-e-aterro-sanitario/

Para ser qualificado como disposição final ambientalmente adequada (DFAA), necessita estar em conformidade com o conceito da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Essa Política específica a DFAA como sendo a “(…) distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas, de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos” (Lei 12.305/2010 Art. 3° Inciso VII).  Daí, ser um processo que envolve engenharia e muito planejamento.

Coleta seletiva

A coleta seletiva de lixo é o método de otimização dos processos de destinação adequada do lixo e é fundamental para toda e qualquer empresa. Dos descartes de lixo, é o mais conhecido pela população em geral. Boa parte dos negócios produz apenas lixo orgânico e lixo reciclável, sendo que esse último deve ser destinado a esse tipo de descarte para ser devidamente reaproveitado. O ideal é que a separação seja feita por tipo de material (plástico, papel, metal, alumínio, vidro e orgânico), de forma a facilitar a coleta.

https://www.raphaeldutra.com.br/noticia/expansao-da-coleta-seletiva

A importância da coleta seletiva é justamente a redução dos impactos ambientais do consumo atual. Quando separamos o lixo (ou o que sobrou do que consumimos), facilitamos muito o seu tratamento e diminuímos as chances de impactos nocivos para o ambiente. Praticar a esse tipo de descarte é um dos pilares do consumo sustentável.

Entretanto, esse tipo demanda que os descartes sejam separados em úmidos, secos, recicláveis e orgânicos. Dentro dessas categorias, ainda existe subcategorias. Os recicláveis, por exemplo, abrangem o vidro, alumínio, o papel, o papelão e alguns tipos de plástico, metal, entre outros.

Quando os materiais recicláveis são coletados e chegam às cooperativas, são separados minuciosamente para serem reaproveitados. O que não é reaproveitado é levado para os aterros sanitários.

Coleta especial

https://coletalixo.curitib.pr.gov.br/lixo-toxico

A coleta especial consiste na retirada de resíduos que envolvem propriedades química que prejudicam muito o meio ambiente e levam um longo tempo para a decomposição. Esses resíduos são: pilhas, baterias, toner de impressão, embalagens de inseticidas, tintas, cola, solventes, remédios vencidos, lâmpadas fluorescentes, equipamentos eletrônicos portáteis, óleos de origem animal e vegetal (os quais devem ser embalados em garrafas PET para facilitar o descarte), equipamentos eletrônicos, materiais de

construção, entre outros. Em geral, todos podem ser reciclados ou reaproveitados, mas, para isso, devem ser encaminhados para uma coleta de lixo especial.

Incineração

https://www.cetesambiental.com.br/tratamento-residuos-incineracao#group1-3

Na incineração, os resíduos são queimados até sua destruição por completo. É um processo que irá realizar a decomposição através do contato do resíduo a oxidação pela alta temperatura que pode ir além dos 950º C. Dessa forma, é possível destruir a fração orgânica do resíduo através da incineração de resíduos químicos, reduzindo consideravelmente sua volumetria. É igualmente a alternativa correta para empresas que precisam dar destino adequado aos rejeitos que não podem ser reaproveitados ou para qualquer tipo de material que possa ser considerado infectante e perigoso o qual precisa de tratamento especial.

Grandes setores industriais como químico, agrícola, eletrônico, petroquímico e outros produzem resíduos perigosos. Esses são rejeitos de um processo de fabricação e podem ou não se tornam insumos para outras atividades produtivas. Em alguns casos, os resíduos químicos perigosos não podem ser reaproveitados e precisam ser descartados. Como também, algumas empresas são obrigadas a destinar esses resíduos para a incineração, como é o caso de hospitais e clínicas. Os descartes de materiais perigosos devem seguir algumas normas que visam garantir que tais materiais não causem danos ao meio ambiente, principalmente.

A incineração é uma das formas utilizadas para evitar problemas ambientais, pois tais produtos, em contato direto com o ambiente, poderiam ocasionar aqueles. Esse processo ainda é indicado para reduzir a quantidade de lixo deixada nos lixões e nos aterros sanitários.

Lixões, esquece isso…

https://www.saneamentobasico.com.br/acabar-com-os-lixoes/

Existe mais um tipo de descarte de lixo que é praticado no Brasil, mas que não deve ser utilizado pelas empresas, já que é muito prejudicial ao meio ambiente. Tratam-se dos lixões a céu aberto, onde não há nenhuma separação de resíduos e todo material é simplesmente largado num determinado terreno, sem a preocupação com a poluição ou contaminação.

Sancionada em 2 de agosto de 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelecia, até o final de 2014, o prazo para as prefeituras extinguirem esse tipo de descarte. Contudo, em julho de 2015, o Senado estendeu a data-limite para o fim dos lixões.

Até a próxima…

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