O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, está decidido em transformar a geração de energia na cidade em um exemplo de sustentabilidade para o Brasil e toda a América Latina.
No final do mês passado, Greca anunciou em suas redes sociais que havia assinado a liberação de R$46 milhões para a instalação de energia solar na cidade, incluindo o projeto Pirâmide Solar do Caximba.
A usina fotovoltaica, que terá suas placas solares instaladas em forma piramidal, é fruto da cooperação entre a prefeitura de Curitiba e a distribuidora de energia Copel.
De acordo com as informações liberadas, o projeto final terá 5 megawatts (MW) de capacidade instalada, sendo 3,5 MW de energia solar e 1,5 MW da produção por biomassa, que aproveitará os resíduos vegetais das podas de árvores e limpeza de jardins.
A energia limpa gerada no complexo será suficiente para atender 43% do consumo elétrico dos prédios públicos de Curitiba, informou a prefeitura.
O projeto ganhou destaque por ser ainda mais sustentável devido ao local de sua instalação, o antigo aterro da Caximba, desativado em novembro de 2010, depois de 21 anos de uso.
Além da pirâmide solar, outros dois projetos de energia solar em Curitiba serão contemplados com a verba liberada pela prefeitura.
Um deles é a instalação de painéis solares na Rodoferroviária e o segundo a implantação da tecnologia em três terminais de ônibus da cidade – Boqueirão, Pinheirinho e Santa Cândida.
Mas, assim como nas outras cidades brasileiras, hoje o maior número de instalações de energia solar em Curitiba está nos telhados de seus moradores.
Segundo os dados da Aneel (Agência Nacional de energia Elétrica), a capital possui mais de mil conexões à rede e ocupa atualmente o terceiro lugar no ranking da energia solar no Paraná.
Um desses projetos é o sistema fotovoltaico instalado no Palácio 29 de Março, em operação desde 2019.
Segundo o prefeito, em apenas dois meses de operação os painéis produziram mais de 270 mWh (megawatt-hora) de energia limpa, resultando em 34 toneladas a menos de CO² na atmosfera.