Diariamente cresce o número de empresas na busca por se tornarem ambientalmente responsáveis, ou então, como dizem, tornarem-se “mais sustentáveis”.
Quando uma organização define este objetivo, de aprimorar sua atuação no meio socioeconômico, minimizando seus impactos negativos no meio ambiente, três elementos são necessários: Conhecimento, planejamento e ação.
Primeiro, faz-se necessário que a empresa tenha, ou busque ter, conhecimento sobre si própria. Estando em posse destas informações (que darão embasamento para os próximos passos) será necessário entendê-las, estudá-las e dá-las utilidade prática com vistas à sustentabilidade ambiental.
Segue-se, então, para o planejamento. Entende-se o momento atual vivido pela organização e, então, determina-se os objetivos pretendidos. Porém, isso não basta. É preciso traçar o caminho a ser seguido até estes objetivos.
Finalmente, parte-se para a ação. Afinal, se planejamento sem informação é temerário, ação sem planejamento é um risco demasiado alto para ser assumido neste momento.
Não há como virar uma chave…
Sustentabilidade corporativa não é mágica, tampouco uma automação que, da noite para o dia, poderá ser atingida. Trata-se de um processo cadenciado, evolutivo e escalável.
Não há como virar uma chave e pronto.
Então, se um programa de sustentabilidade requer ação a ser desenvolvida com base em tudo aquilo que foi planejado e definido, não há como agir de qualquer forma esperando-se que tudo “dê certo” ao final.
Será preciso acompanhar a evolução do que está sendo desenvolvido para saber se está tudo dentro do esperado ou, em caso negativo, implementar correções e melhorias para “manter-se no eixo… ou na rota”.
É neste momento que entram em cena os indicadores de sustentabilidade, muitas vezes chamados de KPI (Key Performance Indicators).
Peso, percentual de gordura e massa magra…
Vamos a uma analogia básica. Quando uma pessoa realiza sua matrícula em uma academia de musculação objetivando ganhar massa e definição muscular ela terá um planejamento para tal. Séries de exercícios diários, aumento de carga nos treinos, alimentação, descanso, etc.
Como neste caso também não há como virar uma chave para que “da noite para o dia” a pessoa atinja seu objetivo, tem-se um plano de ação que, ao longo do tempo, se corretamente observado, levará a pessoa ao seu objetivo.
Porém, periodicamente haverá avaliações físicas pelo profissional responsável para se constatar, ou não, a evolução do indivíduo rumo à hipertrofia e definição muscular.
Assim, tomando-se como base uma avaliação inicial, compara-se o resultado de todas as demais para apurar se o aluno está “caminhando” rumo ao objetivo.
Assim, elementos como peso corporal, percentual de gordura e percentual de massa magra, por exemplo, evidenciarão ao avaliador se tudo está dentro do planejado e esperado, com uma constante evolução, ou se serão necessárias alterações e correções.
Indicadores de sustentabilidade ambiental
Da mesma forma, os indicadores de sustentabilidade informarão ao avaliador se a organização está “caminhando” rumo ao seu objetivo.
Estes indicadores poderão variar de acordo com as peculiaridades da atividade ou empreendimento, pois, eles refletem pontos essenciais da própria organização.
Podemos citar diversos destes indicadores a título exemplificativo. Vamos lá:
• Quantidade de energia consumida.
• Quantidade de energia economizada por melhorias implementadas.
• Quantidade utilizada de determinado material.
• Quantidade reaproveitada de determinado material.
• Quantidade reciclada de determinado material.
• Quantidade de água utilizada.
• Quantidade de água reaproveitada.
• Quantidade de CO2 emitido.
• Quantidade de CO2e (carbono equivalente) emitido.
• Quantidade de gases tóxicos emitidos.
• Média de CO2 emitido por funcionários em deslocamentos a trabalho.
• Existência de um plano de gerenciamento de resíduos.
• Existência de programa de educação ambiental.
• Quantidade de pessoas impactadas por programa de educação ambiental.
• Quantidade e tipos de resíduos gerados.
• Quantidade e tipos de resíduos não gerados pela implementação de melhorias.
Etc, etc, etc… São muitos indicadores que podem ser apresentados e utilizados como balizas para a implementação de programas de sustentabilidade dentro de organizações.
Ambiental, social e governança
Falamos aqui, apenas da face ambiental da questão, com indicadores de sustentabilidade ambiental.
Porém, se analisarmos a sustentabilidade de uma forma um pouco mais ampla que a sustentabilidade ambiental, como já apresentamos em nossa primeira “conversa” (clique aqui para acessá-la), sustentabilidade tem sua origem no termo “sustentare” da distante (temporalmente falando) língua latina.
Ou seja, sustentabilidade, de forma ampla, diz respeito a “sustentar, conservar, buscar sustentação, manter-se apto a algo”.
Desta forma, para que empresas em geral mantenham-se vivas no mercado, atuantes e perpetuem-se ao longo do tempo, elas necessitam ser sustentáveis de forma ampla: Ambiental, social e organizacionalmente sustentáveis, ou seja, possuam responsabilidade ambiental, gerem impacto social positivo e sejam íntegras do ponto de vista de sua governança.
E aí, neste momento, falamos também em indicadores de sustentabilidade (agora de forma ampla), trazendo também questões sociais e de governança. Ou seja, elementos que demonstrem fatores de sustentabilidade nestes outros dois segmentos.
Mas ambos os temas adicionais, indicadores social e indicadores de governança serão abordados logo mais, em outros dois artigos como este, cada qual destinado a um tema.
E então, entendido o que são os indicadores de sustentabilidade ambiental?
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