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Sustentabilidade, finanças e risco

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Finanças e sustentabilidade. Empresas mudariam seus comportamentos e sua forma de agir dentro da economia apenas por “altruísmo”, sem qualquer outro benefício que não fosse o bem comum? A resposta provavelmente, de forma uníssona e unânime, será não.

E não poderia ser diferente. Se analisarmos a origem do capitalismo e também das organizações empresariais, observaremos esta característica fundamental: A busca pelo lucro.

Grandes mudanças no ambiente corporativo, direta ou indiretamente, passam pelo crivo da lucratividade, ou seja, no impacto – positivo ou negativo – que as alterações gerariam nos lucros da empresa. O pilar que sustenta todo o universo da iniciativa privada é o retorno financeiro positivo em comparação aos gastos realizados, e assim sempre será.

Tratar da sustentabilidade em ambientes áridos de propósitos efetivamente verdadeiros quanto à questão ambiental, por exemplo, é um desafio que exige estratégias bem desenvolvidas para surtir os efeitos esperados.

Uma destas estratégias, importantíssima, vale ressaltar, é a demonstração real de que fatores ligados à sustentabilidade podem significar riscos relevantes para a organização, levando, consequentemente, à redução na lucratividade ou em impactos financeiros indesejados.

A disponibilidade e o acesso, de forma legal, a recursos naturais essenciais ao funcionamento de uma indústria, por exemplo, são fatores que podem arruinar os objetivos organizacionais. Insumos e mercadorias de origem primária, utilizadas como matérias-primas por diversos agentes econômicos, simplesmente são fundamentais e sua escassez atingiria substancialmente as finanças de muitas empresas.

Assim, nestes casos, a sustentabilidade se apresenta como um meio viável de se garantir a perpetuidade da disponibilidade de recursos e também meios de utilização e reaproveitamento capazes de garantir lucratividade sem, contudo, impactar sua disponibilidade.

A linguagem que funciona é a linguagem do dinheiro, das finanças…

Em uma entrevista do Fabio Alperowitch no Estadão, a essencialidade de incutir a sustentabilidade no consciente financeiro das organizações foi também abordada. Ao ser questionado sobre as razões de empresas não adotarem, de forma antecipada, práticas de sustentabilidade, Alperowitch foi direto:

Primeiro porque elas não têm essa intenção. Se as empresas tivessem, de fato, já teriam feito alguma coisa. Segundo porque as soluções não são óbvias. São soluções científicas e existe uma distância muito grande entre o mundo corporativo e o científico. Queremos mostrar para a empresa o tamanho do risco que ela corre e trazer a solução empacotada de uma maneira financeira. O nosso eixo de conversa é muito mais empresarial do que voltado para a sustentabilidade. Queremos falar com o CFO e não com o diretor de ESG. Eu não vou chegar para empresa e falar: olha, por favor, descarboniza suas operações porque o planeta precisa. Isso é fracasso na certa. A linguagem que funciona é a linguagem do dinheiro.

(…) A nossa opinião é de que a participação no Conselho [de Administração] mais atrapalha do que ajuda (…) é a pior instância para desenvolver questões de sustentabilidade. Dentro de uma sala com 11 homens brancos preocupados só com estratégia financeira, você é a única voz que traz um assunto diferente.

Portanto fica clara a necessidade de se atrelar, de forma indissociável, sustentabilidade às questões financeiras das organizações e aos riscos associados. Empresas não se tornarão sustentáveis por bondade ou altruísmo, mas sim por necessidade.

Podemos elencar três principais motivos ou forças que levam organizações a adotarem práticas ambientalmente corretas:

1. Regulamentação:

Normas públicas que imponham um dever ou um comportamento, atribuindo sanções a quem agir em desconformidade com as premissas determinadas, como ocorre com leis e demais normas vinculantes em vigor.

A obrigatoriedade do licenciamento ambiental, uma ferramenta da Política Nacional do Meio Ambiente destinada a buscar equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental, é um exemplo.

2. Pressão social e de mercado:

O mercado, direta e indiretamente, toma os rumos ditados pelas pessoas, por meio de suas aspirações, reações e comportamentos. Assim, um mercado de consumo que passe a exigir que empresas adotem posturas ambientalmente relevantes e, como consequência, opte por produtos e serviços que atendam a esta premissa, é essencial e o principal caminho para a sustentabilidade neste contexto. Em outras palavras, as mudanças virão como consequência de exigências e opções de quem gera o consumo.

Nestes casos, a concorrência atua como elemento determinante, uma vez que, havendo demanda social e não ocorrendo mudanças pró-sustentabilidade, abrir-se-ão oportunidades de se abocanhar clientes por quem esteja disposto a se portar com vistas à correta relação com o meio ambiente.

Vale ressaltar que o caminho inverso também ocorre. A pressão social por comportamentos ambientalmente relevantes faz com que o mercado se posicione de forma a atender tais anseios e que organizações busquem alinhar-se a estes movimentos justamente para “não ficarem para trás” perante a concorrência.

O poder das pessoas é fundamental e gigantesco.

3. Riscos, finanças impactos negativos:

Como dito mais de uma vez, não é o altruísmo que dará um giro no comportamento empresarial. Neste último ponto, com toda certeza, riscos que possam gerar impactos negativos significativos, principalmente que afetem as finanças organizacionais, são fatores de mudança.

Riscos sensíveis e consideráveis, que podem levar a crises financeiras e até mesmo à inviabilização da continuidade do funcionamento empresarial, sem sombra de dúvidas, são fatores de mudança interna e externa rumo a comportamentos ambientalmente relevantes e responsáveis.

De novo, a linguagem que funciona é a linguagem do dinheiro…

Deste modo, não adianta borrifarmos pensamentos sobre a importância de se preservar o meio ambiente pensando que tal ação, unicamente, proporcionará impacto organizacional. É preciso contundência e demonstração dos riscos associados à desatenção à sustentabilidade e o real impacto financeiro de tal comportamento para a organização. Como disse Alperowitch, “A linguagem que funciona é a linguagem do dinheiro”. Sustentabilidade, finanças e risco andam sempre juntos.

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