Estamos encerrando mais uma alta temporada de verão no Brasil, o carnaval chegou ao fim no dia 21 de fevereiro, as cidades que possuem vocação turística voltada para as praias passam a receber menos turistas. As pessoas vão embora, mas muitos deixam rastros que podem ficar por milhares de anos no ambiente visitado, estou falando sobre o lixo.

Contarei uma pequena história pessoal, meus pais sempre tiveram o hábito de viajar durante as férias e carnaval e buscavam as praias como principal destino, comum para muitas pessoas nesta época do ano. Um fato me chamava a atenção, minha mãe sempre preparava tudo para levar, consumíamos o mínimo nas praias, mas ao mesmo tempo em que levava, trazia tudo de volta. Ela tinha o hábito de retirar o seu próprio lixo da praia, o que não era muito comum nos anos de 1980 e 1990, a discussão ambiental sobre o lixo não tomado grandes proporções, mas como professora que era, sempre nos ensinou através do exemplo.

Hoje esse pequeno hábito de recolher o próprio lixo da praia ganhou muitos mais adeptos, mas ainda é um problema nas praias brasileiras. Segundo a Comlurb, empresa de limpeza urbana do Rio de Janeiro, foram retiradas mais de mil toneladas durante a folia do carnaval, no carnaval paulistano foi retirada mais de 600 toneladas de lixo, dados da própria prefeitura. Outro carnaval importante do Brasil, em Salvador foi retirado mais de 300 kg de lixo no Porto da Barra.

São números que nos assustam muito, pois quase 50% desses resíduos são derivados de plástico, um dos grandes vilões na natureza, devido ao seu grande tempo de decomposição. Diversas organizações governamentais ou não demonstram os perigos que o plástico está fazendo na vida marinha, matando espécies e alterando ecossistemas no mundo todo.

O lixo não é só de responsabilidade do poder público, mas de todos! Crie o hábito do seu lixo particular fora de sua residência quando uma lixeira pública não está acessível.

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