O que é a agenda 2030?
A agenda 2030 é o conjunto de objetivos e metas deliberadas pelos países membros da organização das nações unidas (ONU). Em reunião ocorrida entre 25 e 27 de setembro de 2015, no septuagésimo aniversário da ONU, os 193 países membros da organização elaboraram os novos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS).
Esses novos objetivos têm como base os objetivos de desenvolvimento do milênio (ODM). Os ODM’s foram estabelecidos na Cúpula do Milênio das Nações Unidas, ocorrida em 2000. Desse encontro surgiram 8 ODM’s:
- Erradicar a pobreza extrema e a fome;
- Alcançar o ensino primário universal;
- Promover a igualdade de gênero e empoderar as mulheres;
- Reduzir a mortalidade infantil;
- Melhorar a saúde materna;
- Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças;
- Garantir a sustentabilidade ambiental;
- Desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento.
Em avaliação pela própria ONU, foi observado que o progresso desses objetivos estava ocorrendo de forma desigual ao redor do mundo. Em países do continente africano e em países em desenvolvimento pouco se desenvolveu em relação aos objetivos, com destaque para os ODM’s relacionados a saúde materna, neonatal, infantil e saúde reprodutiva.
Nesse contexto, houve a necessidade de uma nova agenda, mais abrangente e com vistas a completar os objetivos não alcançados anteriormente. São, ao todo, 17 ODS’s e 169 metas associadas a esses novos objetivos. Dessa forma os novos objetivos são:
A ideia é que esses objetivos sejam implementados até o ano de 2030. O acompanhamento está sendo feito através de indicadores regionais, nacionais e globais. A avaliação Levará em consideração a realidade de cada país. Em uma próxima coluna estarei abordando o que já tem sido feito para atender a essa agenda, com destaque para o ODS 13 que aborda o combate as mudanças climáticas.
O Brasil
O papel do Brasil nessa discussão foi fundamental e resultou no documento “Elementos Orientadores da Posição Brasileira”. Esse documento foi elaborado a partir da contribuição de representantes da sociedade civil; representantes das entidades municipais e do Grupo de Trabalho Interministerial sobre a Agenda 2030, que reuniu 27 Ministérios e órgãos da administração pública federal.
É preciso lembrar que sediamos a primeira conferência sobre meio ambiente (Rio 92) e também a conferencia Rio +20, em 2012. E estaríamos sediando a conferência do clima da ONU (COP25), não fosse a desistência por parte do atual governo. Não podemos esquecer a importância do país nesse contexto, não apenas em sediar eventos, mas em de fato pôr em prática os pilares da sustentabilidade.
A questão da sustentabilidade é a base de toda a agenda, seja no âmbito ambiental ou social. Atingir a essas metas é um desafio bastante complexo que requer uma enorme cooperação entre países e pessoas. Adentramos um momento da história em que verdades consolidadas estão sendo colocadas em dúvida e isso é perigoso. A dúvida sobre a existência do aquecimento global pode pôr em risco o que se propõe como nova forma de nos relacionarmos com as pessoas e a natureza. Mais do que nunca precisamos de representantes que levem a sério essas pautas e de fato encaminhem o Brasil para uma realidade justa e sustentável.
Referências:
Onu: https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/>
“Elementos Orientadores da Posição Brasileira”. Disponível em: http://www.itamaraty.gov.br/images/ed_desenvsust/ODS-pos-bras.pdf