Mudança climática pode ser entendido como a constante alteração nos padrões climáticos ao longo do tempo. Além disso, as emissões de gases do efeito estufa aceleram esse processo, como é o caso do dióxido de carbono (CO2). Essas mudanças favorecem a ocorrência de climas extremos, com temperaturas mais altas e chuvas em grande ou poucas quantidades. Dentre as consequências pode-se citar secas extremas, enchentes, migrações climáticas, insegurança alimentar, entre outros.
E o que isso tudo tem a ver com o coronavírus?
É sabido que não existe remédio ou vacina eficaz para o combate ao Covid-19. Além disso, é uma doença que se espalha fácil e de forma rápida. Dessa forma, enquanto não existe remédio, a forma mais eficaz encontrada pelos países é o isolamento/quarentena. Devido a essa quarentena, imposta por diversos países e de forma bastante rígida em países mais afetados pela doença, muitas indústrias tiveram que fechar suas portas, funcionando apenas o que é considerado essencial.
A partir deste cenário foi possível observar, em países como a Itália e a China, uma redução na emissão de gases poluentes, como o dióxido de nitrogênio (NO2) e o CO2, nos primeiros meses de 2020 quando comparados ao mesmo período do ano anterior. Na China, a redução do NO2 diminuiu cerca de 36% e o CO2 entre 15 a 40% (1). O mapa abaixo mostra a concentração de NO2 em janeiro (a esquerda) e fevereiro (a direita) de 2020. O mesmo pôde ser observado na Itália, ver o link a seguir que é a página de um professor da Universidade Federal de Brasília com uma animação sobre o tema (https://www.instagram.com/p/B99EKXhD3Y5/).
Quais lições podemos tirar disso?
Podemos e devemos refletir a respeito dos sistemas de sociedade em que vivemos. Além disso, é um bom ponto de partida para repensarmos nossos meios de produção e o quanto esse modelo custa ao planeta terra. O momento atual escancara além do enorme ônus ambiental, a enorme desigualdade social a que estamos sujeitos. Como repensar tudo isso? energias renováveis, cidades sustentáveis, novo padrão nas relações de trabalho, refletir concentração de renda e todos os aspectos que nos prejudicam e ao meio ambiente. O que podemos fazer agora é questionar e propor soluções para um cenário pós Covid-19 em que um dia a redução nas emissões de gases poluentes não acontecerá devido a uma pandemia e sim devido a uma sociedade mais consciente e igualitária.
Afinal, de grandes crises surgem grandes soluções. E não se esqueçam: fiquem em casa.
Seguimos,
e até a próxima.
Referências
(1) https://mpra.ub.uni-muenchen.de/98858/1/MPRA_paper_98858.pdf
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/ambiente/detalhe/imagens-mostram-reducao-nas-emissoes-de-gases-poluentes-na-china